Quando somos pais, costumamos dizer que os nosso filhos são parte de nós, que o sentimento que sentimos por eles é inexplicável e impossível de ser quantificado. Mas, o que podemos dizer quanto à partilha de amor com os nosso filhos?
Que resposta podemos dar a esta pergunta? Pode ser rápida e evidente. Pode ser difícil de explicar. Podemos achar que é uma pergunta que não devemos sequer responder, porque é evidente que o amor sentido por cada filho é igual e completamente impermeável a qualquer dúvida.
No entanto, consideramos ser um tema interessante de debater e de tentar perceber a perspetiva de cada pessoa. Nós partilhamos a nossa ideia: para nós, o amor que sentimos por um filho ou filha será sempre especial e o maior de todos, o que nos faz pensar que é impensável não partilhá-lo da mesma forma com cada um dos nossos filhos.
Assim, podemos chamar a isso de amor incondicional pelo nosso bebé, criança e filho. Esse amor que partilhamos com eles, começa quando sabemos que vamos ser mãe e pai, quando a mãe passa pelos 9 meses de crescimento do seu bebé, todos os cuidados tidos em conta para que o pequeno nasça bem e saudável, o momento em que ele está nos nossos braços, as noites mal dormidas e em preocupação constante, o momento em que diz as primeiras palavras ou o momento em que dá os primeiros passos. Bem, podíamos estar aqui muito mais tempo a referir momentos, aspetos e sentimentos que pomos em evidência, quando somos pais.
Tais características, surgem, ou melhor, tornam-se incontestavelmente óbvias pelo amor que sentimos por eles. Este sentimento, faz com que estejamos certos de que se eles tiverem bem nós, pais, também vamos estar. O mesmo podemos aplicar amor, no sentido em que a partilha do amor dos pais pelos seus filhos é igual e enorme.
Quando temos o nosso primeiro bebé, é uma experiência única pelo facto de, a partir daquele momento, o nosso amor passar a estar ligado com um pequeno ser humano e, em que existe uma constante preocupação com o seu bem estar. Agora, no momento em tivermos mais que um filho, o cenário torna-se diferente. Com toda a certeza, que é mais um momento que já mais iremos esquecer e cada nascimento será sempre como se fosse o primeiro.
Por consequência, existe uma partilha do amor dos pais pelos seus filhos e pode-se manifestar de várias formas, seja pela constante preocupação com o bem estar e desenvolvimento das crianças ou pelos valores que os pais querem transmitir. Não podemos esquecer os momentos de carinho, o orgulho desmedido, as conversas intermináveis da mãe com o bebé ou, até mesmo, as brincadeiras e jogos com o pai. Estas ações são formas de partilhar esse amor constante, independentemente das várias transformações que a relação dos pais com a criança vai sofrendo, ao longo do seu crescimento e desenvolvimento.
Um coisa é certa: haverá sempre amor. Um simples exemplo que podemos dar é hora do jantar. Final do dia, em que todos estão a conversar sobre o dia, a partilhar as suas experiências, as dificuldades que têm sentido na escola, as novidades que aprenderam e a interagir uns com os outros. São momentos como estes que são necessários e importantes na relação entre pais e filhos — é uma forma de partilha de amor.
Podemos, ainda, dar mais um exemplo. A partilha de amor, também, passa por estes pequenos detalhes. Momentos de conversa, de partilha de algum conhecimento que os pais queiram transmitir aos seus filhos, dar a conhecer novos lugares e culturas e, essencialmente, poder estar o mais presente possível na vida deles, de forma igual. Acima de tudo, queremos dar as melhores ferramentas e sermos sempre um sinónimo de segurança, ao longo da vida dos nossos filhos.
Além disso, ter filhos também é sinónimo de grandes responsabilidades, de tentar saber gerir este amor e fazê-los sentir-se acompanhados e ouvidos pelos seus pais. Cada criança tem a sua personalidade, distintas formas de reação e necessitam de diferentes cuidados e atenção. Este amor que se sente, também, os pais querem transmitir para os seus filhos, como algo importante estabelecerem, partilharem e serem capazes de criar essa ligação com os seus irmão e irmãs, ou com as pessoas que estão presentes nas suas vidas.
Outro aspeto que não podemos descartar, é que o pai e a mãe podem ter personalidade e visão diferente. Desta forma, podemos compreender que isso também faz com que o modo de pensar e a personalidade da criança seja moldada e construída através dessas mesma diferenças. É algo natural e que faz parte. Transmitir aquilo que achamos melhor para os nosso filhos é, igualmente, partilhar esse amor que sentimos por cada um deles. Independentemente da sua personalidade, o pai e mãe irão amar de igual forma.
A criação de uma família é tudo isto — a partilha de amor que os pais sentem pelos filhos e que os filhos sentem pelos pais.
Para esta conversa, quisemos trazer a Andreia Vasconcelos, autora do blogue Tomás My Special Baby e do livro Maternidade, Amor e Trissomia. A Andreia é mãe de 4 filhos, duas meninas e dois meninos. Na altura das nossas Wedoble Talks, a Andreia conversou connosco sobre a partilha do amor com os seus filhos. Consideramos necessário a partilha deste vídeo, pelo facto de ser um tema importante de abordar e temos, aqui, um ótimo exemplo e partilha de experiência.
Esta conversa centrou-se, essencialmente, na partilha do amor que se sente com a criação da sua família, as várias preocupações que se tem das possíveis reações que os filhos possam ter com a chegada de um novo bebé e como foi feita essa gestão de equilíbrio em dar atenção e amor a todos, de igual forma. Recomendamos a ver e ouvirem.
Agradecemos à Andreia pela conversa esclarecedora e partilha da sua experiência enquanto mãe que partilha amor por cada membro da sua família.
Deixamos aqui o vídeo da sua partilha sobre este tema interessante e de forma mais detalhada.
O vídeo está disponível na página do Facebook da Wedoble — https://fb.watch/lqpCG6nyxc/
E vocês? Como é a partilha de amor aí em casa? Queremos saber a vossa opinião.
