Comer com as mãos
Falar sobre crianças

06 Março 2024

Comer com as mãos

Comer com as mãos


Os primeiros anos de vida do nosso bebé serão uma grande aventura, quando abordamos os temas de adaptação, de crescimento e o seu desenvolvimento a diversos níveis.


A alimentação e todas as componentes que fazem parte desta temática são alvo de uma profunda conversa. Desta forma, teremos aspetos a considerar, tais como: a forma como o bebé é alimentado, se a mãe tem a possibilidade de amamentar ou não o seu bebé, quais são as especificidades da alimentação do seu pequeno ou de que forma o bebé se sentirá mais confortável com o tipo de alimentação que está a ter.  Mais aspetos podem ser apontados, mas estes parecem ser os mais gerais.


Tudo isto, vem da preocupação constante que os pais têm em que o seu bebé esteja a receber, da melhor forma possível, os nutrientes necessários e, principalmente, que esteja a ter um crescimento e desenvolvimento dentro do normal, ou seja, numa forma saudável, equilibrada e boa para o seu bem estar.


Nos primeiros meses, o bebé terá o seu período em que o leite materno ou de fórmula serão essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento, pelo que será a sua única fonte de alimentação e captação de nutrientes. Contudo, sabemos que quando falamos na alimentação do nosso bebé, o seu crescimento inevitavelmente são motivo principal pela criação de alguma curiosidade pelos alimentos sólidos que, até agora, nunca tinham visto ou experimentado.


Aliado a esta curiosidade, muitas vezes temos o facto de começar a existir um desmame que é conduzido pelo bebé, no sentido em que já será uma fase em que haverá menos momentos em que a mãe dará de mamar e os alimentos sólidos começam a surgir, de forma recorrente, à frente do bebé








Com tal situação, muitos pais questionam-se e tentam perceber quando será a melhor altura para começar a fazer esta transição e a introdução de novos alimento. Bem, pelo que podemos ver pelas pesquisas que realizamos, o bebé estará pronto para avançar para a descoberta de novos sabores, odores e texturas por volta dos seis meses de idade. Porém, será uma fase que irá depender de bebé para bebé. Este processo ocorre de uma forma natural e, a partir do momento em que o bebé pega nos alimentos e come com as mãos. 


Podemos considerar que é muito engraçado vermos este processo a acontecer. O entusiamo do nosso pequeno com os alimentos na mão, a tentar perceber se terá um bom sabor e sentir a sua textura, será a melhor forma para ele descobrir estes novos alimentos que começarão, ao ritmo dado pelo bebé, a serem uma constante nas várias horas das refeições. Haverá toda uma mistura de emoções e expressões por parte do nosso pequeno e a expectativa por parte dos pais em ver como o seu bebé irá reagir ao novo alimento que está ali mesmo à sua frente.  


Aqueles olhos pequenos bem abertos, as mãos prontas para sentir as texturas, ansiosos e sem qualquer tipo de receio em provar. As suas reações poderão ser diversas  um morango mais doce fará um ar de contentamento, um limão que terá aquele sabor mais ácido e que o fará fechar os olhos e poderá existir um certo arrepio. Teremos de esperar para ver quais serão as reações e fazer parte desta descoberta com o seu guia profissional o nosso bebé. Ele ou ela saberão como criar o melhor plano para descobrirem todos os alimentos e perceber quais as direções que querem tomar. Nós, pais, acompanhamos e damos auxílio quando for necessário. 


Com tais reações e expectativas criadas, seria interessante para os pais, saber como podem contribuir, acompanhar e participar nestes momentos de aprendizagem, crescimento e desenvolvimento do bebé. Desta forma, fomos procurar algumas dicas para podermos dar uma mãozinha (caso o nosso bebé precise) e estar na primeira fila a ver o nosso pequeno ou pequena a mostrar-nos e a guiar-nos nesta nova etapa, certificando que ao longo deste processo se sentirá seguro e confiante em pôr a mão nos alimentos.   







  • Nunca devemos deixar o nosso pequeno guia sozinho;
  • Uma coisa é certa  temos de estar preparados para haver sujidade na roupa e no local onde será feita todas as experiências (se não fosse assim não teria tanta piada); muitos pais já aplicam algumas técnicas, como colocar uma toalha por baixo da mesa e cadeira, para depois ser mais fácil de arrumar e limpar;
  • Devemos deixar-nos guiar pelo momento de descoberta, pelo que a meio do processo poderá haver pequenas "explosões";
  • Estas aventuras alimentares são importantes serem incorporadas nas horas das refeições familiares, para que o bebé se sinta integrado e pode ser uma oportunidade para que o pequeno comece a copiar certos gestos e comportamentos que o resto da família está a fazer;
  • Num primeiro momento, devemos evitar alimentos duros e difíceis para o bebé de digerir como por exemplo as cenouras cruas;
  • Podemos experimentar os alimentos que são mais fáceis de se desfazerem na boca, para reduzir qualquer tipo de incidente como a asfixia;
  • Experimentar alimentos em que o seu bebé consiga pegar e sentir a sua textura e cheiro serão os mais indicados; 
  • Para esta aventura, podemos começar por oferecer uma variedade de alimentos que sejam adequados à idade do nosso bebé fruta (ex: cozinhados e mole sem qualquer tipo de adição de açúcar); vegetais (ligeiramente cozinhados); alimentos como batata, massa ou leguminosas como feijão ou lentilhas); queijo pasteurizado; carne e peixe sem espinhas;
  • Existe a possibilidade de o bebé, em algum momento, poder engasgar-se; deveremos estar atentos e perceber a diferença entre asfixia ou engasgamento; além disso, tal não se deve associar a probabilidade de asfixia ao processo de transição e introdução de novos alimentos conduzido pelo bebé, em comparação com a alimentação realizada com a colher  em qualquer contexto haverá essa eventualidade e teremos que estar atentos. 


Acreditamos e percebemos que é uma situação nova. Deixar o nosso pequeno ter a possibilidade de descobrir de forma autónoma os novos alimentos, pode deixar-nos com algum receio, pelo simples facto de ser uma nova experiência e de termos aquele pensamento imediato de que o nosso bebé pode ainda não estar preparado e que podem sempre surgir incidentes. Porém, é um processo que deve ser feito de forma natural, certificar que o bebé se sinta confortável é importante, estarmos atentos e não esquecer que devemos divertimo-nos com eles, porque só assim fará sentido. 


Estas são algumas dicas que encontramos e pensamos que faria todo o sentido partilhar aqui com vocês. Será uma verdadeira aventura, cheio de descobertas, iremos saber quais são os favoritos e os menos favoritos do nosso pequeno ou pequena e haverá, com toda a certeza, muita sujidade à mistura. Mas, achamos que faz parte e acreditamos que será mais uma fase engraçada no crescimento e desenvolvimento do vosso bebé e passarão bons momentos para mais tarde recordar. Começamos a vê-los crescer e a aprender novas coisas, o que deixa qualquer pai e mãe muito orgulhosos. 


E vocês? Como foi este processo de introdução de novos alimentos com o vosso bebé? Houve muita sujidade e divertimento à mistura? Qual foi a reação do vosso pequeno guia às várias texturas e sabores que conseguiu encontrar à sua frente? Queremos saber a vossa opinião






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