Quando falamos do sono devemos falar das parassonias. Para isso, decidimos trazer para falar deste tema a nossa Terapeuta Mafalda Navarro.
A Mafalda explica que as paressonias são fenómenos que ocorrem tanto em adultos como em crianças, que prejudicam o sono das crianças e, consequentemente, a dinâmica familiar. Diferenciam-se das dissonias— despertares mais comuns, as crianças com dificuldade em adormecer ou acordar muitas vezes durante a noite. As parassonias não acontecem diariamente. São fenómenos que o nosso organismo tem que interrompe o sono dos nossos filhos. É neurológico, mas acabam por passar com o tempo e crescimento. Incomodam mais os pais que as próprias crianças, pois elas não têm consciência e os pais ficam com receio e assustados com as reações dos seus filhos. É algo hereditário, ou seja, as crianças que têm este tipo de fenómenos é natural que os pais com a mesma idade já tenham tido. Pode, também, acontecer pelo facto da criança ter febre, pelo efeito de certos medicamentos ou pelo cansaço extremo. O fator emocional também pode influenciar e proporcionar o surgimento destes fenómenos.
A nossa Terapeuta menciona os vários tipos de parassonias:
- Terrores noturnos: são comportamento noturnos em que as crianças podem começar a chorar e gritar, gesticulando de forma expressiva, acabando por despertar os pais; a criança pode encontrar-se suada ou com palpitações; neste caso, não é aconselhável aconchegar, a criança não irá associar essa ação a algo bom; devemos ter em atenção para que o seu filho não se magoe e esperar que o episódio acabe; surgem normalmente a partir dos 4 anos;
- Sonambulismo: não é tão agressivo; pode ser um episódio em que o seu filho se senta na cama ou anda pela casa; devemos procurar que a criança não se magoe e ter os cuidados para a proteger; cerca de 40% das crianças têm, mas se forem situações recorrentes deverão procurar ajuda;
- Pesadelos: neste caso, as crianças acordam para pedir ajuda e consolo aos pais, pois não tem facilidade em voltar a adormecer; é importante existir compreensão por parte dos pais; consolar, tentar trazê-los para a sua cama, mostrar que está tudo bem e que podem adormecer tranquilos são boas ações; teremos de ser verdadeiros com as crianças; pensar que os pesadelos não são algo negativo, mas sim uma forma de a criança descarregar alguma situação de stress que tenham tido durante o dia; técnicas como deixar a criança dormir com um peluche ou com uma luz de presença são uma solução; são fenómenos frequentes em cerca de 50% das crianças e surgem a partir dos 3 anos;
- Outras parassonias: o bruxismo (ranger os dentes de forma involuntária) — faz mal aos dentes (pode estar associado a picos de febre ou apneia do sono) e devemos ter em atenção; cãibras— muitas crianças têm, principalmente quando estão na fase de começar a andar; automatismos— por vezes as crianças têm movimentos regulares durante a noite (ex: bater com a cabeça na cama ou pernas irrequietas) e devemos ver quanto tempo dura; enurese noturna— quando as crianças fazem xixi na cama, é perfeitamente natural e pode estar associado a uma bexiga de tamanho menor, não devemos zangar-nos com eles mas podemos tentar controlar (ex: a ingestão de líquidos ou mostrar agrado pelo facto da criança não ter feito xixi na cama); epilepsia noturna— não é recorrente, podem ocorrer várias durante a noite e deverá ser um assunto acompanhado pelo pediatra; doenças orgânicas— prejudicam o sono da criança (ex: tosse, dermatite atópica, cólicas, refluxo ou alergias).
A Mafalda explica que para qualquer destas parassonias, devemos ter em atenção com que frequência acontecem e as várias implicações na dinâmica familiar— se a criança fica muito cansada ou irritada e, se os pais ficam irritados ou não conseguem compreender, devem pedir ajuda. O pouco descanso pode trazer este tipo de fenómenos.
Para isso, foram apontadas pela Psicóloga alguns aspetos que podemos pôr em prática para proteger as nossas crianças:
- Boa higiene do sono: ter uma boa e adequada rotina de sono e que respeite os sinais das crianças. Existir momentos tranquilos antes de ir dormir, por exemplo contar uma história;
- Ecrãs: não ajudam em nada o sono e será mais difícil para a criança adormecer;
- Alimentação: uma criança que coma alimentos não tão saudáveis ou nutritivos pode despoletar este tipo de fenómenos;
- Ter um objeto de transição de sono: um peluche ou fralda ajuda a adormecer e torna este momento mais confortável para a criança.
A Mafalda destaca alguns sinais de alarme, como a sonolência diurna (que pode causar pouca atenção) ou a irritabilidade, que podem ser importantes para percebermos como o nosso filho está a dormir.
Além disso, menciona que a alteração da rotina, em época de férias, é perfeitamente normal e devemos ter esses momentos de relaxamento, sobretudo na rotina. Assim que retornarem a casa, podem voltar à rotina.
Hoje falamos deste assunto bastante interessante e importante na área do sono dos nosso filhos. Agradecemos à Mafalda pela sua disponibilidade em conversar connosco e partilhar algumas dicas.
Deixamos aqui o vídeo da sua partilha sobre este tema interessante e de forma mais detalhada.
O vídeo está disponível na página de Facebook da Wedoble —https://fb.watch/lqpryg7q88/
A Wedoble considera que uma boa noite de sono pode estar associada ao conjunto que o bebé tem vestido na hora de se deitar. Acima de tudo, tem de ser confortável e apto para qualquer movimento que o nosso pequeno possa ter. Nós pensamos em todos estes pormenores e, para complementar a publicação de hoje, deixamos aqui o link dos nossos pijamas da nova coleção de outono/inverno 2023— https://www.wedoble.com/pt/outono-inverno-23/pijamas_377-296.html . Queremos saber a vossa opinião e queremos ver os vossos pequenos com o seu novo pijama.
E vocês? Já tinham ouvido falar em parassonias? Como lidam com esta situação? Queremos saber algumas das vossas dicas e opiniões.