Hoje voltamos ao tema da parentalidade consciente. Prometido é devido e, por isso, trazemos a segunda parte.
Realizando um pequeno resumo sobre a primeira parte, abordamos palavras como comunicação, reflexão, definição e ajustamento para definirmos o que podemos esperar de uma parentalidade consciente. Conseguimos perceber que a educação dos pais será uma base importante sobre aquilo que estes querem transmitir aos seus pequenos, porém algo que será determinante e uma grande influência será a forma de ser dos pais. Aprendemos que até pode ser mais impactante aquilo os pais fazem do que possam dizer.
Foi apenas um breve resumo, se quiserem ver com maior detalhe o que andámos a falar, passem pela publicação TÍTULO C LINK e digam a vossa opinião.
Já estão contextualizados? Boa, vamos começar pelos princípios que são considerados fundamentais e que, segundo a parentalidade consciente, conseguem ser transversais a todos os cenários que possamos encontrar na nossa vida, seja qual for a sua esfera. O importante será estabelecer bons relacionamentos:
- Responsabilidade pessoal— tal como nós somos responsáveis pelas nossas decisões, devemos começar a transmitir aos pequenos que eles podem começar a assumir essa responsabilidade. Impedir que tal aconteça pelo excesso de controlo, pode transmitir a ideia de que não confiamos na criança, trazendo sentimentos como a insegurança ou mesmo sentido de incapacidade. Um ótimo exemplo será dar pequenas tarefas, adequadas à sua idade, para que comecem a fomentar um sentido de capacidade e sentido de segurança a realizar uma determinada ação — ex: decidir o que vai vestir ou arrumar os brinquedos;
- Respeito pela integridade— a nossa integridade engloba uma parte física e psicológica— alguns castigos ou penalizações podem reduzir o sentido de amor próprio; um "não" não irá influenciar;
- Mesmo valor— tanto os adultos como as crianças, têm a possibilidade de exprimirem o que sentem, o que pensam e quais são as suas necessidades. Contudo, deverá sempre existir um respeito mútuo;
- Autenticidade— queremos que as nossas crianças sejam autênticas e fiéis a elas próprias; se sintam respeitadas e como um membro da família; deixemos as expectativas, os gostos e os desejos dos adultos de parte.
Desta forma, conseguimos perceber que este ambiente de pertença e ligação, permitem às crianças reforçarem a sua autoestima, o que se torna fundamental na criação de relações de amizade do quotidiano. Não podemos é esquecer que estas relações devem ser assentes no respeito, verdade e onde os limites de cada pessoa são bem definidos.
Referem que a parentalidade consciente pode ser um sinónimo de permissividade. O que fomos ver é que se calhar tal não se comprova. Existem limites estabelecidos e transmitidos aos pequenos. O "não" é dado de forma correta e com respeito, de forma a dar apoio e conforto.
Muitas vezes, os comportamentos da crianças refletem as suas necessidade e emoções. Aqui não existe a necessidade de corrigir o comportamento, mas sim assistir o pequeno nas suas necessidades e compreender as suas emoções.
A parentalidade consciente traz consigo este sentido de merecimento do amor da família por parte das crianças. Todos nós temos imperfeições e fragilidades e devemos permitir que elas sejam trabalhadas e partilhas no seio familiar. Tal acabará por enchê-los de amor próprio, pelos seus pensamentos e atitudes pessoais, mostrando resiliência em enfrentar qualquer situação da sua vida.
Existindo um princípio de admiração do seu modelo, por parte dos mais pequenos aos seus pais, é privilegiada uma comunicação consciente e de mútuo respeito, sem julgamento e com compaixão.
No que concerne ao cuidar de si próprios, os pais devem conseguir estar na sua plenitude com os seus filhos, para poder aproveitar verdadeiramente o tempo que passam com eles. O autocuidado é necessário e deve ser praticado.
Sabemos que um dos momentos mais vulneráveis e que nos deixa a nós, pais, desorientados são os de grande dificuldades que os nossos pequenos possam ter. O primeiro instinto dos pais será enfrentar a dificuldade, mas o melhor será apoiá-los. O confronto com a adversidade é uma aprendizagem essencial e necessária. A parentalidade consciente permite que conheçamos os limites de cada um, que possamos apoiar num momento de dificuldade, que haja amor próprio, resiliência, entre outros. Os pais estarão sempre lá para apoiar durante o caminho todo.
Nós concordamos. Os pais devem ser o maior suporte das crianças, devem cuidar-se de si mesmos para estarem plenos no tempo que despendem com os seus pequenos e o respeito e reconhecimento mútuo é crucial e necessário.
Gostámos muito de conhecer melhor este conceito de parentalidade consciente. Caracteriza bem aquilo que é o respeito que deve existir entre pais e filhos, o apoio incondicional dos pais e a influência que eles podem ter naquilo que será o futuro dos seus filhos. Com toda a certeza, que vamos querer voltar a abordar mais alguns detalhes sobre esta temática.
E vocês? Identificam-se com alguma das ideias que partilhámos com vocês? O que acharam deste conceito de parentalidade consciente? Queremos saber a vossa experiência. Queremos saber a vossa opinião.






