No blogue, sempre tivemos a preocupação e o interesse de trazer temas que fossem importantes para nós, enquanto marca e, de certa forma, proporcionassem um espaço de debate e partilha. Em contraste com alguns temas mais sérios e necessários sobre a maternidade, paternidade ou sobre as nossas crianças, queremos trazer algum equilíbrio com temas mais "leves", no sentido de abordar alguns assuntos mais didáticos e engraçados.
Esta publicação tem como tema as muitas e poucas semelhanças dos filhos com os pais. Consideramos ser algo tão ligeiro neste mundo da parentalidade, mas é e sempre será abordado. Nem que seja para ser a primeira coisa que dizem quando veem o nosso bebé pela primeira vez — "ele/ela tem a cara do pai/mãe".
A criação de uma família é algo bastante importante e em certas situações faz-nos pensar sobre o que somos capazes de ver e reparar, principalmente quando vemos os nossos pequenos a crescer e a desenvolver determinadas capacidades.
Quando abordamos a esfera familiar e tudo que dela engloba é curioso pensarmos em determinados aspetos. Um deles é ver o quão diferentes e, ao mesmo tempo, semelhantes o nosso filho ou filha podem ser de nós. Seja o mesmo sinal que tenhamos na cara, a altura ou a fisionomia seja semelhante ou mesmo certos traços de personalidade que podem passar dos pais para os seus filhos. É natural e muito engraçado quando reparamos nisso, uns anos mais tarde.
De uma forma mais genética, o crescimento e desenvolvimento dos pequenos é, em grande parte, influenciada por aquilo que os nossos pais nos transmitem e da forma como a iremos desenvolver. Um exemplo simples que podemos considerar é o tipo de pele — normalmente os pais com pele mais sensível ao sol, é muito provável que os seus filhos terão essa particularidade e, por isso, ser importante terem todos o cuidados necessários. A história familiar é bastante importante, quando pensamos no crescimento e desenvolvimento dos nossos pequenos, pois levará a concluir certos comportamentos e aparecimento de situações que podem ser causadas e explicadas por esse historial familiar. É genética e tudo bem com isso.
Tornando a nossa abordagem mais comportamental. Sim, todos nós sabemos que haverá sempre aquela forma de lidar com um assunto que será muito semelhante ao nosso pai ou mãe. Não temos como fugir a esta realidade e, quando nos damos conta desse aspeto dá vontade de rir, do quão verdade ela pode ser.
Embora tenhamos a consciência que a nossa personalidade é criada e moldada ao longo do nosso crescimento e experiências, uma percentagem desse processo é influenciado por aquilo que nos vai sendo ensinado, da forma como vimos sempre os nossos pais a lidar com uma situação (e que cá para nós, são muitas as vezes que consideramos que é a melhor forma de o fazer), entre outros. Por outro lado, pode existir aqui a forma como escolhemos abordar uma situação que pode não ser a mesma que vimos os nossos pais a fazer, pela situação decorrer de diferente forma, por exemplo. Há aqui um equilíbrio engraçado, mas que faz todo o sentido.
Esta semelhança e não semelhança dos filhos aos pais, deriva de vários fatores. Nós, enquanto indivíduos, somos extremamente influenciados e moldados naquilo que concerne ao nosso comportamento na sociedade. Seja pelo facto de vivermos numa realidade com regras e normas que devem ser cumpridas e por suposições que podem ser ou não as mais indicadas. Tal dependerá do meio em que vivemos, o que nos é transmitido desde cedo e aquilo que vão sendo os nossos hábitos e experiências, durante o nosso crescimento e desenvolvimento.
Os pais são um grande fator de influência para os mais pequenos, por serem os seus progenitores e por serem os primeiros meios de influência onde irão absorver tudo o que podem — são os seus verdadeiros modelos a seguir.
Desta forma, sim podemos ter semelhanças com os nossos pais. Os nossos pequenos podem ser parecidos connosco, quando eramos mais pequenos. Podem lidar com uma situação da mesma forma que o pai. Podem ter certos traços faciais da mãe. E vamos ter de achar que é natural que, ao longo da nossa vida, iremos sempre ouvir "és tal e qual o teu pai/mãe".
Olhem que é bom ouvir dizer estas coisas. Gostamos e admiramos muito os nossos pais e termos a possibilidade de termos connosco algo que nos faça lembrar deles é um privilégio.
Bem, hoje foi nesta forma de reflexão que escrevermos esta publicação. Achamos que deve ser pelo facto de falarmos sobre os pais e a sua ligação com os seus pequenos. É bastante complexa e muito, muito interessante. Voltaremos, com toda a certeza, a estes temas. Queremos aprofundar mais e quem sabe trazer aqui alguns exemplos de semelhanças (ou não) entre pais e filhos.
E vocês? Já pararam para pensar o quão parecidos os vossos pequenos são com vocês? Se já notaram, qual é a maior diferença e qual a maior semelhança? É mais pai ou mais mãe? Qual foi o melhor comentário que já fizeram sobre a personalidade dos vossos pequenos? Queremos saber a vossa experiência. Queremos saber a vossa opinião.
